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quinta-feira, 28 de março de 2013

Muito legal essa matéria sobre leitura publicada no site crescer

23 dicas para o livro sair da estante (e cair bem nas mãos do seu filho)





Escolher, cuidar, amar
1. Quarto, sala, cozinha, banheiro... não importa onde os livros estejam guardados em casa devem estar acessíveis em armários, estantes ou prateleiras baixas, para as crianças pegarem com facilidade.
2. O ideal é que sejam mantidos limpos e organizados de forma mais simples para você e seu filho (por gosto, temas, ordem alfabética...).
3. Livro impecável é livro não lido. Ensine seu filho a cuidar e preservar o livro mas não exagere: tem que ter cara de usado mesmo, de mexido e remexido.
4. A hora da leitura é troca de afeto. Você para tudo e lê para a criança e ela entende o recado: ao pegar e escolher um livro você está mostrando o carinho que sente por aquele objeto e seu filho vai aprender a amá-lo também.
Hora e lugar certos?
5. Ler antes de dormir é uma delícia e muito útil, mas boas leituras podem acontecer de manhã cedo, depois do café da manhã, na volta da escola, após o almoço de domingo... Toda hora é hora.
6. Em uma sala de espera de consultório, em uma viagem de carro, no quarto, na sala, no jardim, no banheiro... O importante é a leitura acontecer quando houver disposição por parte da criança e de quem lê para ela.
7. Ver os pais lendo é um dos melhores incentivos. Aproveite a hora em que você está com o livro em mãos para estimular também na criança a leitura individual: enquanto você está com o seu, ela escolhe e folheia um da maneira que quiser. Ótimo treino para quando ela começar a ler sozinha.
Um jeito especial de ler
8. Leia com calma, degustem o livro em parceria. Se a criança tiver vontade de ficar mais tempo numa ilustração ou se quiser fazer perguntas, deixe a conversa rolar. Se for o caso, use um marcador e continue a leitura no dia seguinte. Não se prenda ao tamanho do livro nem à obrigação de concluí-lo em um só fôlego.
9. Evite fazer a leitura em um único tom de voz. Vá mudando a entonação de acordo com os momentos da trama, troque olhares com a criança, faça comentários, perguntas, dê risada, chore, expresse suas emoções!
10. Interrompa a leitura em alguns momentos se estiver lendo um livro mais complexo, e converse com seu filho sobre a história. Assim você cria oportunidade de ele questionar.
11. Se a criança for quem estiver lendo em voz alta, evite corrigi-la em eventuais erros e tropeços, faça poucas interferências e com suavidade. Para crianças que ainda não têm fluência, leituras intercaladas do tipo jogral, podem ser interessantes.

Brincar, imaginar, sonhar
12. Que tal bolar com a criança uma encenação teatral? Demarque um espaço na casa e peça que ela invente uma voz para os personagens. Depois, releiam a história e interpretem o enredo.
13. Para incrementar e tornar a brincadeira ainda mais criativa, use objetos da casa para interpretar. Um saleiro pode virar um sultão, um pote, uma princesa, um lenço, uma bruxa...
14. Quando terminarem, brinquem de mudar o final ou de incluir algo mais na história: pode ser uma palavra, um outro adjetivo, um rumo diferente...
15. A ilustração é ponto de partida para referências artísticas. Desenhar as histórias pode ser também ótima forma de brincar e memorizar um livro.
16. Se meias antigas podem virar bonecos, que tal costurar um botão aqui, uma linha ali e criar uma carinha igual a do personagem da vez?
17. Filmes e peças teatrais baseadas na história também são ótimas formas de mostrar o quanto pode render um livro que amamos.
18. O livro pode ainda virar um brinquedo. Dá para brincar de biblioteca, de livraria, empilhá-los ou colocá-los abertos lado a lado, formando casinhas ou outros objetos simbólicos.
 
Trocar e compartilhar
19. Com o tempo, ler torna-se cada vez mais uma atividade individual, mas falar sobre os livros é hábito que pode começar cedo.
20. Incentive que seu filho troque livros com amigos, e a escola é um ótimo espaço para isso acontecer. Se essa não for uma prática da escola, converse com os professores.
21. Escolha com seu filho livros de que ele goste para dar de presente aos amigos.
22. Se for um dia todo de brincadeira com os amigos em casa, que tal uma pausa para ler? Pode começar por você e, conforme a idade das crianças, estimule que eles assumam: as maiores podem ler para as menores!
23. Uma história sempre há de ser relembrada. Que tal no carro, um papo sobre a história da noite anterior? Ações como essas podem mostrar que livro é coisa que fica dentro da gente. E que isso é uma delícia.

Fonte: Kiara Terra, contadora de histórias, e Maria Irene Maluf, coordenadora do Curso de Neuropedagogia do Instituto Saber
Agradecimentos especial às mães: Ana Braghetta, Adriana Chade, Ana Falchi, Andréa Gomes, Camila Cintra, Cecília Andreucci, Claudia Vidigal, Daniela Coimbra, Glaucia Leme, Isabella Jaloreto e Tânia Khouri 
Site Crescer

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

O ELEFANTINHO

O ELEFANTINHO
Carlos Alberto Francovig Filho
 
 
Uma nuvem
lá no céu
se transformou
num bonito elefantinho.
Outra nuvem, já maldosa
de pirraça e sem graça
foi fazendo um ratinho.
Tão feio era ele
que espantou
o meu bichinho.
 

O Sítio do Pica Pau Amarelo (Monteiro Lobato)






terça-feira, 22 de janeiro de 2013

De verdade, hein! (Sérgio Capparelli)

 
Os meninos
&
as meninas
não fofocam
no recreio,
não conversam
durante a aula,
nunca colam
e são loucos
por escola.

Os meninos
&
as meninas
lavam prato
quando comem,
falam baixo
quando brincam, nunca colam
e são loucos
por escola.


Os meninos
&
as meninas
ficam calados
quando estudam,
arrumam a cama
quando acordam,
nunca colam
e são loucos
por escola.

Falando sério, hein!

CAPPARELLI, Sérgio. De verdade, hein!. In: 111 poemas para crianças. Porto Alegre: L&PM, 2008. p. 44.

O médico é o monstro?




Cláudio Thebas

O médico nunca me disse:
– Sorvete. Tome sorvete.
– Picolé, três vezes por dia.

Doutor é contra a alegria.
Adora remédio, adora injeção!
Doutor, ora, Doutor...
O certo é Dou-dor, isso sim,
por que não?


 


quinta-feira, 17 de maio de 2012

A Arca de Noé


A Arca de Noé (Vinícius de Moraes )
Sete em cores, de repente
O arco-íris se desata
Na água límpida e contente
Do ribeirinho da mata.
O sol, ao véu transparente
Da chuva de ouro e de prata
Resplandece resplendente
No céu, no chão, na cascata.

E abre-se a porta da Arca
De par em par: surgem francas
A alegria e as barbas brancas
Do prudente patriarca

Noé, o inventor da uva
E que, por justo e temente
Jeová, clementemente
Salvou da praga da chuva.

Tão verde se alteia a serra
Pelas planuras vizinhas
Que diz Noé: "Boa terra
Para plantar minhas vinhas!"

E sai levando a família
A ver; enquanto, em bonança
Colorida maravilha
Brilha o arco da aliança.

Ora vai, na porta aberta
De repente, vacilante
Surge lenta, longa e incerta
Uma tromba de elefante.

E logo após, no buraco
De uma janela, aparece
Uma cara de macaco
Que espia e desaparece.

Enquanto, entre as altas vigas
Das janelinhas do sótão
Duas girafas amigas
De fora a cabeça botam.

Grita uma arara, e se escuta
De dentro um miado e um zurro
Late um cachorro em disputa
Com um gato, escouceia um burro.

A Arca desconjuntada
Parece que vai ruir
Aos pulos da bicharada
Toda querendo sair.
Vai! Não vai! Quem vai primeiro?
As aves, por mais espertas
Saem voando ligeiro
Pelas janelas abertas.

Enquanto, em grande atropelo
Junto à porta de saída
Lutam os bichos de pelo
Pela terra prometida.

"Os bosques são todos meus!"
Ruge soberbo o leão
"Também sou filho de Deus!"
Um protesta; e o tigre — "Não!"

Afinal, e não sem custo
Em longa fila, aos casais
Uns com raiva, outros com susto
Vão saindo os animais.

Os maiores vêm à frente
Trazendo a cabeça erguida
E os fracos, humildemente
Vêm atrás, como na vida.

Conduzidos por Noé
Ei-los em terra benquista
Que passam, passam até
Onde a vista não avista

Na serra o arco-íris se esvai . . .
E . . . desde que houve essa história
Quando o véu da noite cai
Na terra, e os astros em glória

Enchem o céu de seus caprichos
É doce ouvir na calada
A fala mansa dos bichos
Na terra repovoada

quarta-feira, 16 de maio de 2012

O gato

(Vinícius de Moraes)
Com um lindo salto
Lesto e seguro
O gato passa
Do chão ao muro
Logo mudando
De opinião
Passa de novo
Do muro ao chão
E pega corre
Bem de mansinho
Atrás de um pobre
De um passarinho
Súbito, pára
Como assombrado
Depois dispara
Pula de lado
E quando tudo
Se lhe fatiga
Toma o seu banho
Passando a língua
Pela barriga.